02/05/2009

Saiba como pensava Einstein


Prof. Luiz Machado

Jacques Hadamard, em seu livro The Psychology of Invention in the Mathematical Field (A Psicologia da Invenção (Criatividade) no Campo Matemático), fala-nos do trabalho consciente (do “cérebro novo”) como preparativo para a ação e cita o caso do matemático francês Henri Poincaré (1854-1912), que disse: “O mais surpreendente, à primeira vista, é este caráter de iluminação instantânea, sinal manifesto de que deve precedê-lo um trabalho profundo e inconsciente. A intervenção desse trabalho inconsciente na pesquisa matemática parece-me indiscutível”.

Ora, o “trabalho profundo e inconsciente” é, sem dúvida, do cérebro antigo, mais exatamente, do Sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE).

Jacques Hadamard relata-nos, ainda, no livro citado, que, ao responder a uma pesquisa de como pensam os matemáticos, à pergunta: “do ponto de vista psicológico, seria muito importante saber quais são as imagens interiores ou de que forma de ”palavra interior” se servem os matemáticos, se elas são motoras, auditivas, visuais ou mistas e se variam segundo o assunto que se está estudando”, Albert Einstein deu a seguinte resposta: “As palavras ou a língua, escrita ou falada, não creio que desempenhem nenhum papel no mecanismo de meu pensamento. Os entes físicos que parecem servir de elementos ao pensamento são certos signos e certas imagens mais ou menos claras que podem ser “voluntariamente” reproduzidas e combinadas”. Vê-se, agora por que Einstein considerava a imaginação mais importante que o conhecimento.

Na evolução, a língua só se tornou possível com o surgimento do neocórtex ou, digamos assim, o cérebro novo. Como a Natureza de nada se desfaz ao longo do processo da evolução, hoje dispomos da língua para formular pensamentos e expressá-los, mas o SAPE continua como o gerador de inteligência e do comportamento humano. Sua linguagem não é a das palavras, mas sim a de quadros mentais revestidos de forte emoção (emotização).

Como se não bastasse a afirmação de Einstein, transcrita acima, nos seus livros Mein Weltbild (Como vejo o mundo) e Aus Meinen Spaeten Jahren (Dos Meus Anos Tardios), verifica-se como ele relata que o “raciocínio puro”, como ele chama a intuição abstrata, pode descobrir qualquer lei da natureza, sem nenhum recurso a processos empírico-analíticos, nem de laboratório. Aliás, como ele mesmo dizia, sua caneta era seu laboratório.

A evolução do conceito da Física, de ciência dos fenômenos da Natureza, para a ciência da energia, está em consonância com estudos mais recentes do cérebro e, especialmente, do sistema límbico e, mais especialmente ainda, dos núcleos anteriores do tálamo e suas relações com o mundo do extremamente pequeno. A Emotologia (conjunto de conhecimentos organizados para promover o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de auto-realização) age nesse mundo.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro
Mentor da Emotologia

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